O GRANDE ENCONTRO ENTRE O PAÍS REAL E AS SUAS COMPETÊNCIAS O Agro, as Ciências Tropicais, a Comunicação Estratégica, a Gestão de Pessoas e o projeto comum de sociedade.
*Fernando Barros e Lúcia Barbosa
Há um gigantesco abismo entre o de fato diz a Ciência e o debate alimentar nas Redes sociais. Produtos são demonizados antes mesmo que seja compreendido o seu papel na democratização da oferta alimentar, na nutrição adequada das populações face ao momento tecnológico, econômico e político em que vivemos. Neste artigo, Lúcia Barbosa e Fernando Barros analisam as Lendas Urbanas e Rurais que são construídas à revelia da melhor verdade possível – aquela oriunda da metodologia científica. Para descobrirmos que é possível, sim, a produção de carne amiga do Planeta e que confundir melhoramento genético com hormônios no frango pode ser um desserviço ao direito alimentar dos mais pobres.
E que por trás de tudo a “Gestão de Pessoas” é a ferramenta chave que desenha um novo caminho para aproximar consumidores da revolução agroalimentar em curso.
*Do livro “AS SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS QUE VÊM DOS TRÓPICOS”
O Brasil liderou a segunda grande revolução global da oferta de alimentos nos anos 1970, sob a direção do então Ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli. De importador bruto (30% da comida de que precisava), o País passou a responder, hoje, pela alimentação de perto de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Ciência, Tecnologia e Inovação foram as bases desse processo, que reduziu o preço dos alimentos, liberou recursos do orçamento doméstico para outras áreas que configuram o bem-estar, impactou decisivamente a saúde dos brasileiros, aprimorou a sustentabilidade das práticas em relação ao modelo convencional da agricultura temperada, e promoveu o peso econômico da Nação no contexto mundial. Não obstante, nem o Agro conseguiu fazer parte do projeto brasileiro de sociedade, nem as Ciências Tropicais são percebidas como fonte de soluções no enfrentamento dos principais problemas da humanidade nesta quadra do Século XXI. O capítulo não tem a pretensão de oferecer respostas definitivas para questão tão ampla, que envolve também o olhar da História, da Ciência Política, da Sociologia, da Administração, da Psicologia Comportamental. Mas, pode demonstrar a relevância do emprego da visão holística, que não abre mão da gestão integrada do conhecimento, incluindo naturalmente o conjunto das Ciências Sociais. Ao jogar luz sobre os problemas de imagem que enfrentam alguns dos principais produtos da pauta agropecuária brasileira, talvez possamos acionar um sinal de alerta. A Comunicação e a Gestão de pessoas podem colaborar na compreensão das razões pelas quais temos dificuldades de produzir uma visão estratégica de Nação, que abrigue em uma única plataforma as contribuições da Ciência, da Iniciativa privada e do Estado. A aposta é que a concertação entre esses pontos de vista seja o caminho direto para a construção de um País Desenvolvido, ou o País do Futuro, de Stefan Zweig.
Por que os produtos analisados neste capítulo, que a Ciência e a Tecnologia transformaram em vitais para a qualidade nutricional e para a democratização da oferta alimentar, acabaram sendo vítimas preferenciais da guerra cultural e ideológica promovida nas redes Sociais, onde digladiam lendas urbanas e lendas rurais? A carne bovina e a de frango mereciam o lugar de vilãs que acabaram ocupando?
Como em todos os tópicos tratados neste livro, não abrimos mão dos referenciais impostos pela ótica dos 17 Objetivos do Desenvolvimento sustentável (ODS), da ONU. Ou seja, não se trata de defender em nenhum momento práticas que não estejam conformes a estes paradigmas, de compor com o desmatamento, com a visão orientada para o lucro em detrimento da qualidade alimentar. Mas, sim, de entender como os avanços técnicos, científicos e civilizatórios representados pelas tecnologias aqui descritas submergiram no debate superficial que a polarização oferece. E, de como esse processo acaba interferindo drasticamente em políticas públicas e privadas e com o de governança dos negócios do setor.
O capital natural disponível no Brasil é impressionante e inestimável. Explorada a partir da visão da Ciência, a Bioeconomia Tropical traz potencialidades capazes de lastrear e liderar o enfrentamento dos principais desafios atuais da humanidade. O capital humano é de não menos relevância– o País forma 24 mil Doutores a cada ano. Nossos empresários mais modernos, dão exibições de empreendedorismo responsável e competente, demonstrações práticas de que - apesar de todos os pesares - podemos operar a agricultura mais sustentável do Planeta.
E por que o Brasil ainda não é um País desenvolvido?
Entre as razões talvez esteja a mesma que explica o fato do País jamais ter sido agraciado com um Prêmio Nobel. Sabemos fazer o melhor limão, mas nós brasileiros temos enorme dificuldade em trabalhar colaborativamente para produzir a limonada: as entregas da inteligência coletiva disponível. Como unir numa mesma plataforma cientistas, os produtores, empresas, interesses da sociedade e estruturar uma visão de Estado? E como calcar essas potencialidades na transdisciplinaridade, na gestão integrada do conhecimento, plantada em bases contemporâneas, sugeridas pelo modelo ESG - Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança, G)?
Inúmeras tecnologias situadas na fronteira do conhecimento são criadas e desenvolvidas, aqui, por técnicos e pesquisadores brasileiros, mas acabam ganhando corpo e aterrissando em Nações que primam pela valorização das pessoas, pela gestão holística e articulada do saber, operada em Redes colaborativas.
O sintoma mais visível dessa desagregadora doença tropical é o apartamento entre as Ciências chamadas “duras” e as Ciências Sociais. Movimentos mudar essa direção começam a ser inaugurados nas principais Universidades brasileiras. Urge transformar áreas hoje não conectadas entre si em parceiras do mesmo projeto de Nação. Um abismo que será superado quando História, Sociologia, Antropologia, Economia, Nutrição, Saúde, Demografia, Psicologia (comportamento dos consumidores), Administração e particularmente a Cultura, a Gestão de Pessoas e a Comunicação participarem da decodificação de valores, da tradução de significados e do planejamento estratégico setorial.
Promover o encontro entre mundos tão diferentes quanto interdependentes, não é simples. Outras Nações conseguiram. E a consagração dessa perspectiva propugnada pelo Instituto Fórum do Futuro talvez venha fazer a diferença na competição entre os Países que operam a segurança alimentar global.
Quem produz e quem consome estão sendo empurrados para a mesma bandeja de cognição pelas forças do mercado ambientado ao pós-pandemia e ao pós-Ucrânia. Os consumidores radiografam as cadeias, exigem transparência, “accountability”. Quem não oferecer essas balizas vai inapelavelmente ser lido e condenado pela ótica leiga e superficial das Redes Sociais, com chances de serem objeto de “cancelamento” antes de chegarem a existir de forma positiva no imaginário de percepção urbana, nacional e internacional. Em suma, garantir um lugar no mercado da terceira década do Século XXI exige ajuste aos paradigmas do nosso tempo. E isto vale para todos os atores.
Novos conteúdos de comunicação devem ser voltados para modelar um capital de confiança que fundamente o diálogo entre Ciência, o Agro e a Sociedade.
A metodologia que escolhemos para trazer esse debate foi buscar exibir pontos críticos das barreiras de cognição e demonstrar como permitimos que outros ergam a narrativa em nosso lugar. A decisão de influenciar esse ambiente onde todos falam e quase ninguém escuta é de cada um dos segmentos que operam nas cadeias produtivas da Bioeconomia, mas a principal interessada no resultado final é a sociedade brasileira.
Questão de fundo: o Agro nacional poderá prosseguir sua trajetória vitoriosa no mercado mundial sem falar às pessoas comuns, abrindo mão de pertencer, de ingressar de uma maneira positiva no binômio corações e mentes.
Fazer a ponte entre o mundo onde impera a racionalidade técnica e científica e a sociedade; dialogar com quem habita fora da “Bolha” do Agro, é o grande desafio. Aqui, dialogar quer dizer, antes de mais nada, converter a linguagem informacional em percepção de valor para o conjunto do corpo social.
É longa a caminhada até conquistarmos o direto de sermos ouvidos.
Ora, o mercado é basicamente composto de pessoas comuns. Os “racionais”, no Brasil, situam-se principalmente entre os 8% que conseguem produzir ou compreender dados complexos. Logo, informar sobre complexidades agrícolas e/ou científicas não é “comunicar”, é pura e simplesmente falar para pares convertidos. “Comunicar”, por definição, exige que o interlocutor responda à provocação do emissor.
Nesta nova Era, a análise de exemplos práticos talvez possa contribuir para a construção de uma narrativa que faça sentido para todos os públicos envolvidos nessa gigantesca negociação.
EXEMPLOS DE PRODUTOS VILANIZADOS PELA “PÓS-VERDADE”
O FRANGO E A SOCIEDADE
LENDA URBANA – “O frango só cresce assim porque tem hormônio”.
LENDA RURAL – Para mudar a imagem, é suficiente informar à sociedade que, em 2020, produzimos 4,6 milhões de toneladas representando 7,66 bilhões de dólares para a balança comercial.
FATO – É restrita a faixa da opinião pública habilitada a converter informações sobre o PIB em repercussões sociais e ambientais de interesse da sociedade. Mesmo formadores de opinião esclarecidos desconhecem o papel social da verdadeira revolução na democratização alimentar alcançada pela tecnologia de produção em escala dessa proteína. Até os anos 1970, o frango era uma comida reservada à elite. Custava caro porque a produtividade do processo caipira de produção era baixa, ineficiente e demorada –criado a pasto, levava dez meses para chegar ao mercado...
Dirceu Talamine, da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Suínos e Aves, registrou em sua tese de doutorado que, em 1974, os brasileiros consumiram uma média de 3,5 kg de frango per capita. O mesmo que os nigerianos atualmente. Algumas décadas depois, turbinado por ciência (melhoramento genético), tecnologia e inovação, o frango chega ao supermercado em até 34 dias. Junto com a escala veio o preço que popularizou definitivamente o seu consumo: 45kg per capita ao ano, em 2021.
CARNE BOVINA SEM CULPA, É POSSÍVEL?
LENDA URBANA
a) A carne não pode compor uma dieta saudável
b)É impossível conciliar a produção de gado com ações de mitigação e/ou de neutralização da emissão de Gases de Efeito Estufa.
c)A produção de carne está sempre associada ao desmatamento
LENDA RURAL
Não é necessário defender o produto básico junto ao consumidor final. O mercado é cativo. As pessoas precisam comer. O cidadão é obrigado a dar um cheque em branco a produção. Portanto, desnecessário investir em estratégias de legitimação da atividade. Os valores culturais intrínsecos ao mundo rural podem ser projetados para o meio urbano. O Agro é relevante. E basta.
FATO
O episódio da “Vaca Louca” (associado à farinha de ossos utilizada para alimentação do gado confinado), registrado pela primeira vez nos anos 1980, no Reino Unido, é um marco divisor no que tange à percepção do impacto sobre a saúde provocado pelo consumo de carne bovina.
Depois desse evento, 19% dos britânicos ingressaram no time dos vegetarianos.
Não obstante, o Brasil não aproveitou a oportunidade para dizer aos mercados interno e externo que nosso gado é produzido majoritariamente à pasto, praticamente infenso àquela doença.
Era hora de gritar ao mundo: “o gado brasileiro é verde”.
Uma campanha informativa à época mostraria. Mesmo usando dados do IBGE, de 2006, duas décadas depois do primeiro registro de “vaca louca”, o rebanho bovino brasileiro totalizou naquele ano 205,9 milhões de cabeças.
Já o gado confinado, de acordo com a Scott Consultoria, atingia no mesmo ano a pouco mais de 1,60 milhão de cabeças.
Sucederam-se ocasiões de revelarmos aos formadores globais da opinião as potencialidades de produção sustentável oferecidas por tecnologias oriundas das Ciências Tropicais...
CRONOLOGIA DE OPORTUNIDADES
1974 – Criação da Agricultura Tropical Sustentável
1986 - O gado na Grã-Bretanha começa a sofrer de tremores semelhantes aos observados em ovinos. Foi apelidado de "doença das vacas loucas". A causa ainda era desconhecida, embora alguns já suspeitassem da alimentação dos animais infectados.
1988 - Na Grã-Bretanha, 421 bovinos foram diagnosticados com BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina, o nome científico da “Vaca Louca”)
1989 - A Grã-Bretanha proíbe o consumo humano de carnes de certos órgãos, incluindo o cérebro e a medula espinal. Os EUA proíbem a importação de bovinos, ovinos, e caprinos vivos de países que acusam a existência de BSE no gado nativo.
2015 – Lançamento da Tecnologia de Neutralização Carne Carbono Neutro. Oriunda da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), propicia a neutralização da emissão de GEEs na produção bovina. Traz também aumento do conforto animal.
2022 – Sequestro de carbono via Agricultura Regenerativa - Estão avançadas as Pesquisas (especialmente na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP e na Fundação de amparo à Pesquisa do Estado de São Pauo -FAPESP), apontando a potencialidade de sequestro de CO2 em solos da produção tropical sustentável com o uso da técnica denominadas “Agricultura Regenerativa”.
2022 – Impacto Mínimo da Produção de Alimentos Sobre a Natureza (ILPF -Integração Lavoura Pecuária Floresta) – Produção de Gado Amiga da Natureza
Essa tecnologia permite o Brasil dobrar a produção de alimentos sem promover qualquer desmatamento. E os desafios têm duas faces.
A primeira é sensibilizar os atores (cientistas, empresas, produtores e governantes) de que compensa o esforço de Comunicar amplo senso os fatos relevantes embutidos no Agro Tropical Sustentável. Exige abraçar novos paradigmas de Comunicação Estratégica. Fundamentar a governança e minimizar riscos dos negócios rurais.
A segunda é romper as muralhas de compreensão que apartam o mundo rural tropical do universo da opinião pública, que hoje organiza a retaliação contra a produção tropical contra práticas de degradação ambiental e social associadas ao setor. Norma desse procedimento: ignorar a agenda positiva e potencializar os aspectos negativos que o Brasil insiste em produzir.
Os argumentos das Ciências Tropicais nesse campo são poderosos e inesgotáveis. Mas, faltam atitudes, gestos, formatos generosos, envelopados em linguagem compreensível, falta aceitar que a também a Comunicação precisa ser gerenciada sob a ótica da Inovação.
Não temos mais tempo algum a perder. A retaliação, a demonização total, o “cancelamento” da produção tropical, particularmente da Amazônia, é inexorável. Virá aos poucos. Não demitirá o Agro Tropical de todos os negócios, mas vai procurar limitá-lo a mercados de segunda linha.
Estratégias de governança a médio e longo prazo devem considerar que não está muito longe o tempo em que a geração Greta Thumberg chegará ao poder. Seja de fato, seja de direito, ao representar um perfil de consumidores que vai exigir muito mais de quem produz.
Estes encaminhamentos colocam a Comunicação em outro patamar na gestão de processos decisórios das cadeias produtivas.
A sistematização, a gestão integrada e descentralizada do conhecimento de que já dispomos – particularmente aqueles que podem ser potencializados pelas agências internacionais de fomento – terá um peso decisivo na definição da qualidade do futuro do Brasil.
GESTÃO DE PESSOAS -- “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.”
As pessoas são o ativo mais importante do mundo dos negócios. Sensibilizá-las passa por universos intangíveis, onde prevalecem gestos, atitudes, valores como instrumentos de comunhão de pautas e de interesses. Os significados, portanto, contribuem diretamente para o alcance de resultados concretos e mensuráveis. As empresas interagem com seres humanos, sempre, mesmo diante dos cenários mais disruptivos, como o proposto pela Internet das Coisas: quem vai municiar a agenda da relação entre as máquinas e os sistemas que organizam a vida econômica e comercial são seres humanos. O produtor, o fornecedor de insumos, de serviços; cada equipe que desenvolve o produto focal da empresa; os consumidores na ponta : todo os participantes dessa negociação são seres humanos.
Portanto, tratar os atores com a dignidade e a cortesia que todos os seres humanos merecem traz para produtos e marcas atenção e respeito. A Era do mercado cativo, na qual a comercialização de produtos alimentícios era dissociada de conceitos e valores, chegou ao fim. O poder dos consumidores aumentou exponencialmente. Entender essa complexidade pode significar permanecer no mercado, ou não.
A satisfação do conjunto dos envolvidos impacta diretamente na produtividade, no resultado financeiro, na capacidade de respostas que se exige hoje de quem opera num mercado conturbado e em permanente redefinição. Ter a pessoa certa no local certo exige motivação, valorização e reconhecimento do trabalho exercido, domínio das hipóteses de erro, tratamento igualitário mesmo quando há diferença de status - evitar a discriminação. Nenhum treinamento, nenhum manual, isoladamente implicam em trabalho bem realizado– os colaboradores precisam querer participar. Ter comprometimento. Outro ponto importante é colocar a diversidade na força de trabalho, sob a ótica da inclusão social. Torna-se necessário que haja ampla comunicação entre os colaboradores para que os diversos sejam realmente incluídos e aceitos e não simplesmente inseridos no contexto e marginalizados.
Esse conjunto de requisitos depende da execução adequada de políticas de: a) contratação (atrair e selecionar os melhores talentos); b) treinamento, ou seja, capacitação para fazer o trabalho hoje e com perfil para executar tarefas futuras; c) remuneração, competitiva do mercado de trabalho; d) avaliação de desempenho, com acompanhamento contínuo pelos gestores, e não uma simples avaliação anual; e) diversidade e inclusão social.
Todas as políticas de Gestão de Pessoas carecem de um amplo processo de divulgação entre os colaboradores, ou seja, a transparência e compreensão de objetivos conecta-se a resultados exitosos.
É necessário repensar a relação com os consumidores, é o que nos ensina as brilhantes trajetórias do frango e da carne bovina na perspectiva da evolução da humanidade. São proteínas situadas no cerne da qualidade de vida e da democratização alimentar. E precisam ter seu papel melhor compreendido até para favorecer a aceleração dos processos de sustentabilidade que ainda restam alcançar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Frango e carne são apenas dois dos inúmeros exemplos contundentes. Existem vários discursos sobre o papel da soja, mas poucos são ancorados na multiplicidade de seus usos finais. Segundo a EMBRAPA, essa leguminosa rica em nutrientes fundamentais para uma alimentação saudável é aplicada na produção de cerca de 2 mil diferentes tipos de produtos. Estes vão de cosméticos a papinha para bebês, do endurecimento de pneus à construção de casas sustentáveis na Amazônia.
Depositar um novo olhar sobre as contribuições do /Agro e da Ciência Tropical para a sociedade passa pela Gestão de Pessoas. Suas políticas e práticas precisam ser tecnicamente elaboradas e contextualizadas de forma a favorecer a aceitação tácita na cadeia produtiva do “Bem”. Produtividade e lucratividade virão como consequência.
A tecnologia avança exponencialmente. Os seres humanos conduzem, criam e recriam processos produtivos. E, certamente, não são intercambiáveis com as máquinas, até que estas consigam planejar a existência em nosso lugar.
ODS - *1, Erradicação da Fome; *3, Saúde e Bem-Estar; *9, Indústria, Inovação e Infraestrutura; *12, Consumo e Produção Responsáveis; *13, Ação contra mudança global do clima; *17, Parcerias e Meios de Implementação
*Lúcia Barbosa (Administradora. PhD pela London School of Economics, Pós-doutorado pela Universidade Mackenzie. Área de atuação Gestão de Pessoas)
*Fernando Barros (Jornalista Especializado em Comunicação Estratégica)
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